LOUCURA BENDITA
Por Rosa Ramos Regis
Natal/RN - 08 de fevereiro de 1999.
LOUCURA BENDITA
A rua está tão alegre!
Tudo está tão bonito!
Me sinto um pouco rebelde...
Por dentro... algo me impele
A dar um enorme grito!
O Céu bastante nublado,
Com retalhos de infinito;
O sol um pouco “enfadado”,
Mostrando só um dos lados,
Torna tudo mais bonito.
Uma senhora me ver
E me olha enviesado
Se perguntando... o que
Essa doida anda a escrever
Olhando sempre p’ros lados?
Ela não vê o que eu vejo!
Pois olhamos diferente.
Ela olha de forma crítica!
Já em mim... a imagem fica,
Do nascente ao poente.
A imagem maravilhosa
Desta Natureza viva!
Verde! florida! gostosa!
De frutas deliciosas!
Que o nosso apetite ativa.
Vejo uma manga no chão
Ai!... Como está cheirosa!
Me agacho, pego com a mão,
O dono está vendo ou não?...
Dou-lhe uma mordida!...É gostosa!
Penso naquela senhora
Que me olhou com olhar crítico.
E se ela me visse agora,
Chupando esta manga?...Ora!
Tal qual fora um periquito?...
Mas, que importa o que pensem
E o que falam de mim?
Pois se o pensamento é ruim
Não me interessa o que sentem,
Que mintam ou que inventem...
P’ra mim é indiferente.
Natal/RN - 08/02/1999