Cardo*


Nem matéria, nem memória
Apenas o som das estrelas
Fios que me atam ao universo
De mim, o silêncio
A flor, a dor de um verso.

Em harpa e fuga
Margem ribeira
Minh’alma senta-se
No alpendre do silêncio
Interior, fatídico intenso.

Sim, permito-me a mudez
Seguir os meus atalhos
O mel, a pedra, o cardo
O pão, o trigo, a sálvia
A palma, o sonho, a cítara
O néctar das minhas vinhas
E tudo frutado permaneça
Na bruma néon que me habita

-no silêncio aberto da minha vida-

Karinna*
Karinna
Enviado por Karinna em 24/01/2010
Reeditado em 06/02/2011
Código do texto: T2049004