O que semeia a morte
Onde havia lembranças as pedras cobriram
Aonde se semeava amor colheram descaso e solidão
Onde símbolos e patrimônios preservavam a história
Hoje apenas o pó é amigo do vento frio
Quando o pescoço está cansado de dizer olhe pra frente
Inúmeras vezes tuas costas suportam seus tombos
A alma cansou de brincar com os humanos
A diversão do playground da morte nem tem mais graça
Toda fantasia se desfez e com ela sorrisos e alegrias
Seria tudo isso gestos e representações sem sentimento
E concluindo assim mais um livro de sofrimentos e agonias
Acho que o incomoda o sofrer é a duvida sem resposta
Não há ajuda tão pouco fim é como uma doença
Consomem-lhe, lhe exausta, lhe degrede e lhe deprime
Hora dor hora amor tanto faz gestos de louvor ou de temor
Não há paginas em branco apenas folhas rasurada
Teria eu o dom da força de suportar minha cruz
Capacitei-me e tudo que sou é apenas isso?
Terminar um livro sem conclusão é escasso e cansativo
Mas já que estou na ultima pagina que custa dizer-te amo?!