O que semeia a morte

Onde havia lembranças as pedras cobriram

Aonde se semeava amor colheram descaso e solidão

Onde símbolos e patrimônios preservavam a história

Hoje apenas o pó é amigo do vento frio

Quando o pescoço está cansado de dizer olhe pra frente

Inúmeras vezes tuas costas suportam seus tombos

A alma cansou de brincar com os humanos

A diversão do playground da morte nem tem mais graça

Toda fantasia se desfez e com ela sorrisos e alegrias

Seria tudo isso gestos e representações sem sentimento

E concluindo assim mais um livro de sofrimentos e agonias

Acho que o incomoda o sofrer é a duvida sem resposta

Não há ajuda tão pouco fim é como uma doença

Consomem-lhe, lhe exausta, lhe degrede e lhe deprime

Hora dor hora amor tanto faz gestos de louvor ou de temor

Não há paginas em branco apenas folhas rasurada

Teria eu o dom da força de suportar minha cruz

Capacitei-me e tudo que sou é apenas isso?

Terminar um livro sem conclusão é escasso e cansativo

Mas já que estou na ultima pagina que custa dizer-te amo?!

Dionivam
Enviado por Dionivam em 24/01/2010
Reeditado em 28/01/2010
Código do texto: T2048461