FÚRIA DO CONDOR!

Ó vento que trazes por desalento,

As tormentas de uma vida dantesca,

Queimando meus olhos madornentos,

Com a embriaguez de vidas secas.

Mostrando á mim a bagaceira,

Causada pela fúria do condor,

Vida e morte Severina na trincheira,

Onde o menino de engenho não teve dor.

Dando-me a lira dos vinte anos,

Por viver em espumas flutuantes,

São Bernardo dê-me planos,

Pois a libertinagem é muito atraente.

Levando-me ao êxtase da noite na taverna,

Como Iracema deu para o mancebo,

Sendo sagarana a vida terna,

Pois à hora da estrela revela o segredo!

RENGAV
Enviado por RENGAV em 24/01/2010
Código do texto: T2048413
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