Intimidade

Enternece-me a luz de teu olhar

Quando ilumina o meu, embevecido

Todo meu corpo se põe a vibrar

No calor que o deixa consumido

Nas veias sinto o fogo correr enlouquecido

Ardendo, sem queimar

Tudo em meu entorno é esquecido

Só o teu corpo consigo enxergar...

Teus braços me enlaçam docemente

Limite que cerceia sem prender

Deixo-me guiar por ti somente

Numa ânsia que não posso mais conter

Tua boca, louca e doce me tortura

Roubando-me de vez todo pudor

Entrego-me com prazer nesta loucura

Cor escura provocando-me torpor

Contigo a razão desaparece

Nossos corpos buscam a saciedade

Unidos como mãos postas em prece

Cultuando os domínios da vontade

Como mágica nossas almas se misturam

Explodem sem se desprender

Os sentimentos se esparramam e perduram

No momento infinito de prazer...

Priscila de Loureiro Coelho

Consultora de Desenvolvimento de Pessoas

Priscila de Loureiro Coelho
Enviado por Priscila de Loureiro Coelho em 28/05/2005
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