Intimidade
Enternece-me a luz de teu olhar
Quando ilumina o meu, embevecido
Todo meu corpo se põe a vibrar
No calor que o deixa consumido
Nas veias sinto o fogo correr enlouquecido
Ardendo, sem queimar
Tudo em meu entorno é esquecido
Só o teu corpo consigo enxergar...
Teus braços me enlaçam docemente
Limite que cerceia sem prender
Deixo-me guiar por ti somente
Numa ânsia que não posso mais conter
Tua boca, louca e doce me tortura
Roubando-me de vez todo pudor
Entrego-me com prazer nesta loucura
Cor escura provocando-me torpor
Contigo a razão desaparece
Nossos corpos buscam a saciedade
Unidos como mãos postas em prece
Cultuando os domínios da vontade
Como mágica nossas almas se misturam
Explodem sem se desprender
Os sentimentos se esparramam e perduram
No momento infinito de prazer...
Priscila de Loureiro Coelho
Consultora de Desenvolvimento de Pessoas