AS MARCAS E O PERDÃO
 
      Perdoar é nobre amor perfeito,
      mas não quando na vida descerro,
      na certeza que traz o meu peito
      que de ti não partiu qualquer erro.
 
      Teu coração ainda pulsa vida,
      porque dela depende a minha
      e nunca foste a preterida
      deste amor, que por ti definha.
 
      Abandono marca esse colchão,
      onde tu’alma não quis esta paixão,
      preferindo manter teu leito frio.
 
      O chão que pisas, limpo há de ser.
      Perdão, eu é que vou, de ti, querer,
      por deixar teu coração tão vazio.
 
                     SP – 23/01/10
 
Inspirado no soneto “Marcas” da brilhante
poetisa Elen Nunes, postado em sua página
                     em 21/07/10   
Fernando Alberto Couto
Enviado por Fernando Alberto Couto em 23/01/2010
Reeditado em 23/01/2010
Código do texto: T2046385
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