Soneto de Vir

Venho desde as Minas

driblando minhas sinas.

E perseguindo a vida,

nesse chão de terra batida.

Não sei, Carlos*, o quanto

há de ferro em em meu manto;

e nem sei qual quebranto

a Rezadeira rogou-me tanto.

Mas se de tudo eu vi,

se tudo eu senti,

eu sei que vivi.

Agora me resta, Vida,

o amor que te tenho

e dizer-te: Lilian, hoje venho ...

* Referência a Carlos Drumonnd de Andrade.