Anjo Negro
Como um negro anjo noturno
Assaltou-me no sonho.
E feriu-me nas vísceras oníricas.
Trazendo-me de presente
O tão antigo vício...
Visceral de amar além
Da conta... Da noite insone.
E me deixa perder-me nessa dor
Infame, sem nome.
Sem querer te lembrar...
Te esquecer não sei.
Se meus anjos adormecem
No breu, e esquecem...
Que virás como um ladrão
E minha alma irá carregar
A antigos sentimentos...
Lugares de tormentos
Nas profundas lágrimas
Da impossibilidade.
No compasso de seu coração
Angustiado... Batendo em meu peito.
Sinto o teu sentir alucinado
Perdido na imensidão
Do meu coração que chora.
E uma saudade antiga
Segura as emoções atordoadas
Recém acordadas...
Vindas de eras em que éramos...
Livres, únicos... Unos
Na placenta do universo.
Mas o destino cortou a vida
Em pedaços de sofrimento
Espalhando a dor desse momento
Nesses sonhos tão presentes
Que me acordam de repente
Com a sensação de que sonhaste
A mesma realidade comigo.