Tempestade!

Meu medo é tempestade,

Que precipita sua fúria no vento,

E eclode nos momentos mais inoportunos,

Causando tanto estrago, tanto tormento...

E esse lamento que me escapa dos lábios.

Traça a pronúncia da palavra de ajuda,

Em forma de poesia,

__Pretensão a minha!__

Sons presos na garganta,

Sem previas de serem ditos...São escritos.

Malditas palavras assustadas.

Meu medo é tempestade,

Nubla o céu do meu viver...

E esconde a lua ao anoitecer,

Tecendo um tom cinza,

Apagando as luzes de mim...Minhas estrelas enfim!

Fico desprotegida e nua,

A mercê das intempéries do tempo,

Que fazem parceria com teu silêncio...

E ensurdecedor o eco do teu nome ribomba qual relâmpago,

E ilumina minha alma com a esperança de sua volta...

Mais o som ensurdecedor do trovão,

Me mostra que isso é só um sonho,

Nosso amor nunca existiu,

A não ser na vontade da minha emoção,

Você não passa de uma ilusão

Deflagrada pelo meu medo da solidão.

Observadora
Enviado por Observadora em 29/07/2006
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