Tempestade!
Meu medo é tempestade,
Que precipita sua fúria no vento,
E eclode nos momentos mais inoportunos,
Causando tanto estrago, tanto tormento...
E esse lamento que me escapa dos lábios.
Traça a pronúncia da palavra de ajuda,
Em forma de poesia,
__Pretensão a minha!__
Sons presos na garganta,
Sem previas de serem ditos...São escritos.
Malditas palavras assustadas.
Meu medo é tempestade,
Nubla o céu do meu viver...
E esconde a lua ao anoitecer,
Tecendo um tom cinza,
Apagando as luzes de mim...Minhas estrelas enfim!
Fico desprotegida e nua,
A mercê das intempéries do tempo,
Que fazem parceria com teu silêncio...
E ensurdecedor o eco do teu nome ribomba qual relâmpago,
E ilumina minha alma com a esperança de sua volta...
Mais o som ensurdecedor do trovão,
Me mostra que isso é só um sonho,
Nosso amor nunca existiu,
A não ser na vontade da minha emoção,
Você não passa de uma ilusão
Deflagrada pelo meu medo da solidão.