PENSO QUE PENSO. LOGO, NÃO PENSO

Ouço-me,

quando sinto

que estou calado,

calo-me,

quando quero

provar que falo;

falo-me,

quando acho

que não medito,

medito-me,

para mostrar ao mundo

que não penso.

Enfim,

não penso,

porque penso que penso,

mas num des-pensar imenso

em meu louco berrar,

insano grito,

de um mundo tenso!

Nota do autor:

"Não podemos perceber nosso ser-em-si, mas podemos avistar nosso ser-que-é-só."

Roberto Armorizzi
Enviado por Roberto Armorizzi em 22/01/2010
Reeditado em 26/02/2010
Código do texto: T2044028
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