Oculta.
Será que vês-me?
Tento ocultar-me nas linhas dessa minha intíma tristeza.
E ignorar sua distância, tua arrogância!
tento esconder-me nestas margens, fingindo que não estou
a margem da tua vida, que não és tu e teu amor mera esperança.
Tento ocultar-me na dor que canto, nas melodias frias que as manhãs
me entregam, como se eu fosse apenas paisagem por onde passas e logo vai-te.
Tento esconder-me nos olhares calorosos que descrevo em detalhes as cores, desejos, anseios nestes olhos que me escondem do meu olhar aflito e minto em frente ao espelho.
Tento ocultar-me para que não vejas que por trás de um bem querer que já não queres, existe uma mulher e mil desejos!