Outono

quando a folha cai,

vou com ela ao chão,

como uma pedra bruta

me ponho a rolar por leitos secos

o vento do alvorecer

brada em meus ouvidos,

são ruídos distantes,

tão longe... tão tristes...

grito! meus tímpanos se fecham.

como um caramujo

corro para dentro de casa, bato a porta,

as horas chegam aos berros, nada escuto!

meu Deus!

quanta tormenta?!

quanta agonia reprimida?!

quantos jardins deixados para trás?!

Pedro Cardoso DF
Enviado por Pedro Cardoso DF em 21/01/2010
Reeditado em 21/01/2010
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