Outono
quando a folha cai,
vou com ela ao chão,
como uma pedra bruta
me ponho a rolar por leitos secos
o vento do alvorecer
brada em meus ouvidos,
são ruídos distantes,
tão longe... tão tristes...
grito! meus tímpanos se fecham.
como um caramujo
corro para dentro de casa, bato a porta,
as horas chegam aos berros, nada escuto!
meu Deus!
quanta tormenta?!
quanta agonia reprimida?!
quantos jardins deixados para trás?!