Engano
Penso, e jamais compreendi
Porque foste tão ingrato
O que esperava de ti
Era bem pouco de fato
Temia por tuas manhas
Por teus frágeis ideais
Entre tristezas tamanhas
Foste a que doeu-me mais...
Enxergava em teus olhos
Estranha luz inconstante
Brilho opaco, distorcido
Segredo em foco distante
E não havia calor
Não havia encantamento
Tu me negavas amor
Causando-me constrangimento
E recebestes tudo... muito
Fostes por mim, premiado
Dei-te o melhor dos meus anos
E a mim, nada foi dado...
Assim foi que desisti
E segui o meu caminho
Nem sei se fui eu que perdi
Ou tu, que ficastes sozinho!
Priscila de Loureiro Coelho