Correio
Aguardo notícias suas
Em silenciosa agonia
Desejosa por sabê-lo
Vem o Sol, vai-se a Lua
Minha alma então desnuda
As razões de tanto zêlo
Há emoção nesta espera
Que castiga o pensamento
Testando a paciência
Há bem mais do que quimera
Prendendo-me ao sofrimento
Ao buscar correspondência
A caixa do lado de fora
Enfeita a entrada de meu lar
Como adorno especial
Como queria agora
Ouvir o som familiar
Do carteiro, no quintal
Sua presença me chega
Finalmente você vem
Em forma de letras impressas
Na folha você já me nega
O que considero um Bem
Um contato sem ter pressa
Como uma brisa suave
Que como chega se vai
Em forma de espiral
Sua presença mal cabe
Em frases como hai kai
Comentando o trivial.
Priscila de Loureiro Coelho
Consultora de Desenvolvimento de Pessoas