O canto dos impávidos
Me elevo com tal glória e tanto,
Que a coluna que edifico para o meu ego
Se desfaz
Em lagrimas
De
Açúcar.
Pois se é doce o gosto da vitoria,
É também frágil
A primeira
Chuva.
E que tantas outras chuvas venham.
Porque é dos cacos
De tantos céus que vi cair,
Que faço um caminho de diamantes
Para caminhar.
E eu poderia sair agora pelo mundo;
Correr pelas ruas descalço
E sentir os cacos perfurarem meus pés.
Amar e beber
Todo esse sangue
Que banha o meu corpo
E me torna cada vez mais vivo e sedento
Por caminhos nus
E terras virgens.