Dulcíssimo amor
Ouço os teus passos disformes
O pássaro sussurra tão perto
A brasa sossega o meu olhar
Liberdade tão esperada...
Versos, não tenho pra oferecer
Nesse canto do mundo
Caçoam de mim os impuros
Fagulhas da brasa não me alcançam...
Deixei de falar de sentimento
Permito-me esquecer, lembrar
Escolho brisa, vento, tempestade
Não rimo, pois é retrocesso...
Mas, o amor é tão profundo
Não alcançamos a essência
Lembro a infância tão pura
Unida com a inocente leveza...
Acredito que amar é assunto
Para terapeuta de plantão
Sentir o abismo que nos acolhe
Em meio à amplitude...
Amiúde...
Virtude... Atitude... Beatitude...
Doce...
Foi-se... Roce... Adoce...
Amor...
Olor... Flor... Dor...
Júlia Rocha 20/01/2010