A CASA
Era uma casa
Que não tinha graça
Não tinha teto
Não tinha vidraça
Foi desenhada
com muito amor
Mas lá pelo meio
o sonho acabou
Em terreno aberto
Tijolo e concreto
Toda abandonada
Ela ali ficou
Com pena da casa
Veio então o mato
E o vão das janelas
De verde enfeitou
Daquela casinha
Tão imaginada
Sempre acalentada
Que foi que restou?
Sonho de argamassa
Sem a menor graça
Que em casa imprópria
Agora se tornou