A CASA

Era uma casa

Que não tinha graça

Não tinha teto

Não tinha vidraça

Foi desenhada

com muito amor

Mas lá pelo meio

o sonho acabou

Em terreno aberto

Tijolo e concreto

Toda abandonada

Ela ali ficou

Com pena da casa

Veio então o mato

E o vão das janelas

De verde enfeitou

Daquela casinha

Tão imaginada

Sempre acalentada

Que foi que restou?

Sonho de argamassa

Sem a menor graça

Que em casa imprópria

Agora se tornou

MARINA ALVES
Enviado por MARINA ALVES em 20/01/2010
Reeditado em 20/01/2010
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