ATÉ QUANDO...
ATÉ QUANDO...
Até quando a morte nos separe,
dizem uns;
até quando o dia se for,
dizem outros;
até quando os minutos se passarem,
digo eu.
Ora canto a felicidade,
ora choro a amargura...
nem vai longe a distância
outra chave me tranca o peito!
Não é de mim
que vem tudo,
é de lá
é de lá...
que partem as desventuras!
A sensibilidade
não opera em tecidos aramados
e reage ao desprazer
que vem de lá!
fica condoída na
crueza esparada
e se fecha no tempo.
Estremece as muralhas
afundando os blocos;
permanece firme
no despropósito de espreitar
a dor que veio
e não se afastou!
Veio para matar...
veio
e não se foi!...