Poema de brincadeira

Como vou ter uma vida séria

Se ninguém na volta me leva a sério?

Como vou ter ânimo para estudar

Se todos subestimam minha cabeça?

(Deve ser porque sou verde)

Não me incomoda a forma com que me vêem,

Me incomoda a forma como me tratam.

E eu poderia fazer qualquer coisa por mim,

Mas sou simples demais e tudo faria apenas para

[provar que sou capaz.

Sinceramente começo a perder os sentimentos,

Que já não eram fortes, por toda essa sociedade.

Insistem tanto que eu seja quem querem

E não se preocupam com quem posso ser, por mim.

Muita gente, a maioria, faz tudo por causa dos outros,

Mas eu vivo por mim e para mim, e só assim,

Amigo, podemos fazer algo para, e pelos, outros.

Porque para fazer alguém feliz devemos estar feliz.

Eu não sou feliz e não tenho medo de esconder,

Como a maioria tem, achando que vão parecer ingratos.

Posso ser ingrato diante muitos observadores,

Porque é muito fácil achar defeitos nas pessoas.

Mas eu posso estar certo diante os observadores

Que gostam das pessoas e entendem que ninguém

É igual.

Na verdade, a única coisa que devíamos ter de igual

É a consciência de que ninguém é igual.

Eu sou esse bicho do mato, mesmo!

Que não gosta de bebida nem de festa,

Que não gosta de elevador nem de altura.

Eu gosto da casinha no campo,

Com natureza e animais ao lado.

Me sinto forte e completo, parece que isso me acolhe.

Porque, não vou mentir, me sinto solitário o tempo todo.

Mas se minha vida deve ser assim então baixo a cabeça.

Gosto de crianças, de mato e animais.

(Ainda dirão que sou pedófilo)

O que estas três coisas têm em comum?

A pureza, a energia, a sinceridade, o carinho.

Crianças não mentem, natureza não engana e os animais

[não nos abandonam.

Eu amo ser quem sou, e sou feliz quando

Penso em quem quero ser, mas minha infelicidade

Vem quando abro os olhos, ou escuto uma buzina.

Eu gosto de silêncio, ou de musica boa (clássica).

Penso em ser bom, e fazer a diferença.

Tenho um espírito revolucionário embutido em um

Corpo visto como otário.

E o verdadeiro sentimento que sinto diante tudo

E todos é pena.

Não sou superior a ninguém para pensar isso, mas tenho

De reconhecer a que ponto estou na evolução.

Não sou melhor que as pessoas do mundo.

Não tenho virtudes nem defeitos jamais vistos.

Eu não tenho mais luz nem mais consciência que

A gente da volta.

Mas sei que a natureza me transmite, e me

Preenche da mais pura energia que existe.

Só sei isso porque sinto, e espero que com

Todos seja assim. Mesmo assim não me sinto

Superior a nada.

E talvez eu escreva tudo isso pra própria natureza,

Porque é a única que lê meus versos com amor,

E os leva a sério,

Como qualquer ser humano deveria ser levado.

Qualquer alma pura poderia ler meus poemas e

Poesias e entender que minha índole é do

Lado da luz. (Porque diante o bem e o mal eu tomo partido).

Mas não levem a sério isso tudo.

Façam seus julgamentos, critiquem e menosprezem

Esse meu poema. Assim é menos trabalhoso do que

Refletir.

E afinal, esse é só um poema de brincadeira.

Raphael Seabra
Enviado por Raphael Seabra em 20/01/2010
Reeditado em 23/12/2012
Código do texto: T2040044
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