SEM COR, SEM FLOR...


No céu não avisto as estrelas
A lua se escondeu pela tristeza
Há somente o vento inconsequente
a tocar-me no sussurro displicente
Sopra baixinho, palavras distantes
se faz dor que dilacera o peito
embriagado da saudade vagante
corta-me a pele, feri meus sentidos
destruindo os sonhos que sonhei
desfeitos nas lágrimas que incessante
derramei em noites e dias arfantes


Caminho por estradas da lembrança
perdida nos labirintos das emoções
Deus sabe quanto o amei
em cada segundo em conflito
a cada vacilo permitido...Chorei...
Meu coração se fez pequeno
já não existe razão, há somente solidão
memórias de mim, de você...
do que fomos e do que não podemos ser
de tudo que quis e não pude ter...
Vestígios do amor, sem cor, sem flor
que ainda pulsam sem perceber
na vida que deu meia-volta
talvez na esperança de não desfalecer.


Somente amei você!



Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 20/01/2010
Código do texto: T2039869
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