Deleite
Não esperava mais sentir
essa velha e boa sensação
do novo que estar por vir,
da esperança plantada
no terreno do encanto.
Há muito tempo não sabia
o que era sentir o coração
bater descompassado,
o estomago embrulhar,
ao deleitar uma lembrança
de alguém, de uma situação.
Já havia me esquecido
como era bom viver
a magia do desconhecido
da espera incansável
por um indício, um sinal.
Sintomas de uma paixão
primeiramente platônica,
intrínseca e unilateral.
Que aos poucos desabrocha,
surgindo seus vestígios,
tornando-se aristotélica,
extrínseca, bilateral.
A palavra de ordem
passa a ser: recíproca
e quando isso acontece,
deleitamos-nos com uma
bela, doce e pura paixão.