Contando estrelas.
Sabe a vida o que dela eu vivo,
entretido..., entretido...
no barulhento abismo dos meus sentimentos:
os que eu aguento,
os que eu acho
como um bom vivant sem medos.
Temo esquecer-me de mim se mais ousado eu for,
fazendo mel, parindo flor...
como um lindo e lúcido louco e bom navegador
dos mares secos da lida e dos sonhos.
Jamais soube a vida mais de mim do que eu dela.
Há ruas largas, estradas vazias...
mas eu prefiro ousar sentindo o corpo na calçada
ou a contar estrelas na janela do meu quarto da rua.