A “GAZELA” E O COBRADOR (ou Cenas Urbanas)
Depois de rasgar o verbo,
num espetáculo digno de Dante,
quase um dramalhão mexicano,
(pensei que assistíamos ao Ratinho),
silenciou-se a Gazela,
rasgando com os olhos
a face bela e cínica,
de galanteador barato,
de seu Amor, o trocador.
E nós, passageiros estupefatos
não sabíamos se ficávamos calados,
ou se em coro,
gritávamos:
Viva, BIS, BIS, BIS.