O VENTO

Um vento brando passou brincando,

Encostando em meu telhado, sempre rindo.

Tenho certeza! Estava de verdade gargalhando!

Corria o tempo todo aparecia indo e vindo.

Balançava as folhas das árvores sibilando

Numa tamanha algazarra... Levantava o pó

Do asfalto, jogava para cima e cantando,

Muito alegre e travesso, porém só!

Até as roupas do varal ele jogava no chão.

Estava manso e tranquilo na molecagem.

Era gordo, bochechudo, um belo bonachão,

Às vezes fugia escondendo atrás da ramagem.

Assim como veio, foi! Sem se quer dizer adeus,

Veio refrescar o ambiente. Fazia muito calor.

Ele só usa braveza quando se torna Deus

Para castigar os ímpios que destruiram o amor.

DIONEA FRAGOSO

Dionea Fragoso
Enviado por Dionea Fragoso em 17/01/2010
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