Há poesia... quando estarei pronto?
Exatamente a meio caminho, a mais ínfima da menor distância
e às portas da mais tênue nuança, da mais forte muralha,
da absurda sutileza entre sentir e dizer... quando?
Quando virá esse clamor, esse arrebatamento para além do absoluto silêncio?
Quando virá a hora exata do momento mais inoportuno
para a extinção do ser em chamas, para a lucidez das cinzas,
para a verdade do pó e para a certeza de nada...
para essa plenitude de não ser, quando serei o que não se é para estar pronto?
A palavra vertida como lágrimas de sangue
o grito que explode das entranhas
a dor que fere antes mesmo de vir a ser dor
o sonho que emerge do vazio de nem sei que coisa é a alma
se for coisa que se diga da alma,
aquela calma um segundo antes da morte
e em tudo mais do que isto em que há poesia...
quando estarei pronto?
Exatamente a meio caminho, a mais ínfima da menor distância
e às portas da mais tênue nuança, da mais forte muralha,
da absurda sutileza entre sentir e dizer... quando?
Quando virá esse clamor, esse arrebatamento para além do absoluto silêncio?
Quando virá a hora exata do momento mais inoportuno
para a extinção do ser em chamas, para a lucidez das cinzas,
para a verdade do pó e para a certeza de nada...
para essa plenitude de não ser, quando serei o que não se é para estar pronto?
A palavra vertida como lágrimas de sangue
o grito que explode das entranhas
a dor que fere antes mesmo de vir a ser dor
o sonho que emerge do vazio de nem sei que coisa é a alma
se for coisa que se diga da alma,
aquela calma um segundo antes da morte
e em tudo mais do que isto em que há poesia...
quando estarei pronto?