Flor
Quem é você que sob noites escuras entre lágrimas ouço soluçar?
em cujo descontentamento rouco, sufocado se faz camuflar.
Que carrega distante dos olhos outros, alheios, estranhos, uma dor leve ao suportar.
Que esconde seus temores anseios tendo em vista que o mundo é incapaz de compreender
o que em seu íntimo se faz repousar.
Vem amor. Pequena e repleta de doçura flor, em mim venha repousar,
construa em meu peito sua morada, um beijo pra se eternizar.
Não caminhes mais tão só por estes trilhos que pretendem à liberdade,
mas somado ao meus sonhos e os teus,
anjos de uma asa só, nos abraçaremos para alçar em vôo, àquele mágico lugar,
e de lá tiraremos toda força, pra poder enfrentar todos os mistérios que nos cercam,
nos fazendo imaginar, e quem sabe então outro mundo
poderemos construir pra depois compartilhar.
Não me diga que sua verdade não deve se revelar.
Só me dê alguma garantia de quando você sabê-la não irá me abandonar,
pois que nunca e jamais nada que exista fará de ti eu me afastar.
Minha pequena e repleta de doçura flor, em mim venha repousar.