CORDEL BARATO, O MEU ESCAPULÁRIO!

Valha-me Deus! Protegei-me São Belizário!

Ou qualquer Santo Protetor do Abecedário

Agradeço a Deus por não ser um salafrário

Ninguém poderá me acusar de ser falsário.

Jamais tratei meu leitor como reles otário

Não faço versos pra garantir o meu salário

Confio em Deus, ele livra-me do temerário

Minha fé não me deixará sem o meu erário.

Na poesia sou um aprendiz, novo estagiário

Se o que escrevo não tem valor de relicário

Não permito que me trate como vil usurário

Que me enterre vivo, me cubra com calcário.

Da poesia sou usuário, não considero calvário

Cadê conhecimento e pesquisa? Sou precário?

Mas, nunca guardo comentário em um armário

Pra publicar com deboche novo texto literário!

Deus Criador inspirará o meu verso imaginário

Não faltará a luz da emoção ao meu itinerário

Ele afastará de mim tudo de falso e contrário

Estes versos hão de iluminar seu destinatário!