Aprisionado
Não. Não penses que não te quero,
Que não desejo amar-te,
Que não anseio levar-te ao prazer.
É que não consigo!
Meu corpo já não corresponde
Ao desejo do meu coração.
Quero agir e reagir aos teus movimentos
Mas me sinto aprisionado
Meio adormecido, meio acordado
Tento lutar contra esse entorpecimento
Mas também, estou impotente para isso!
Talvez um dia,
Quando eu encontrar o equilíbrio
Entre o meu corpo e a minha alma
Cavalgaremos como antes,
Num amor profundo, extasiante, quase completo.
Autora: Edna das Dores de Oliveira Coimbra.