SONO ETERNO.
Quero morrer, me de o céu,
Encobrir-me-á o sono eterno
Como a negridão dum véu,
Qual adocicado beijo materno.
A suave pluma dum cisne
Qual luar embriagado
Contempla amor sublime
Na pureza tranqüila dum lago.
Mas morte não é assim,
É negra, é cruel,
É mal, que chega ao fim,
Ruim, negridão no céu.
Calo-me então
Para que morrer,
Para que escuridão,
Deixe tristeza ascender.
(D`Eu)