Estranha constatação

Esboçar os meus desejos de poeta

Seria quase uma crueldade

Posto que esta alma inquieta

Não sabe refrear a liberdade

Há um mundo de ânsia, no meu peito

Que vibra num astral sem dimensão

Há um imensurável desajeito

De tentar visualizar o que é a razão!

Poetas desrazoáveis criaturas sonhadoras

Que o tempo há muito perdeu de vista

Desastrosas, são almas portadoras

Da loucura que acomete todo artista

Criam prelúdios de ilusão, por onde passam

Despejando na rotina muitas cores

E mesmo assim, estas almas se desgraçam

E se desgastam, entre tantos seus amores

Eis que o coração de um poeta

Sem dúvida, é um tanto sofredor

Por não atingir, plenamente, sua meta

E por não compreender seu próprio amor!

Priscila de Loureiro Coelho

Priscila de Loureiro Coelho
Enviado por Priscila de Loureiro Coelho em 20/01/2005
Código do texto: T2033