CONFLITOS DA SOLIDÃO
Tresmalhada como ovelha perdida
Neste naufragar da vida
Neste caminhar sem direcção
Arrenegada pego-me à solidão
Sinto nesse deambular sem norte
Quase sorte
Porque não penso não desejo
Vou ao sabor do vento
Vou aonde ele me leva
Se fico lá pela serra
sob afluências concorrências
se me deixa sob as vagas
de um imensidão sem fim
se dou à costa enrolada
nas vagas que me arremessaram
Lançada às areias e aguardo
que o vento venha e me recolha
e me deponha aos pés da cruz
no átrio da praça do pelourinho
onde todos vejam como estou solitária
e me julguem da contestada
solidão tresmalhada
de tta
16~01~10