Lavei a alma

Tempo nublado

rajadas de vento

respingos de chuva

molham meu corpo

que treme de frio

que atravessa minha roupa

gelando meus ossos.

Estática eu fico

deixando a chuva agora densa me lavar

e levar toda tristeza da alma.

Abro minha boca num brado rouco

e louco de vontade de voltar à vida.

Rodopio como a querer catalisar

toda energia que se esvaiu de mim.

Sinto aos poucos revitalizar-me

e suave calmaria apossa-me o ser.

Renovada e limpa de corpo e alma

Retomo meu caminho de volta à casa.

Denise Flor©

Denise Flor
Enviado por Denise Flor em 16/01/2010
Código do texto: T2032301
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