Lavei a alma
Tempo nublado
rajadas de vento
respingos de chuva
molham meu corpo
que treme de frio
que atravessa minha roupa
gelando meus ossos.
Estática eu fico
deixando a chuva agora densa me lavar
e levar toda tristeza da alma.
Abro minha boca num brado rouco
e louco de vontade de voltar à vida.
Rodopio como a querer catalisar
toda energia que se esvaiu de mim.
Sinto aos poucos revitalizar-me
e suave calmaria apossa-me o ser.
Renovada e limpa de corpo e alma
Retomo meu caminho de volta à casa.
Denise Flor©