No teu verso
Já pensei em te olhar
Pelo outro lado
Abres olhos, narinas, ouvidos, mãos e boca...
A vida te aguarda
Quase louca
Por teus sorrires...
Abre-te caverna!
Quando o inverno chora em ti
Quando a noite vela o elixir
Que goteja do teu olho sem parar...
Abra-te!
Já imaginei te versejando
Num canto te colocando
Para na tua chuva me banhar
Te virei na foto escura
Por trás da vida pura
E não consegui te vislumbrar
Acolhe-te!
Sei que não me sinto confusa
Busco a fala difusa
Na preguiça do teu amar
Espreguiçar...
Na cadeira da nuvem fofa
Me olhas ,fazes galhofa
Para esse meu sentir
Vais ao teu verso
Sem versar!
Conversar com o meu reverso
Pra que te possas encantar!
Julia Rocha 15/01/2010