Breu*
Janelas, varandas obscenas das claridades
Abrem-se, e a luz negra beija teu corpo neblina
Não há porém, verso ou palavra, que varre
O sal da tua face- lágrima sozinha.
-quem soprou o Sol para além dos dias?-
Morre a noite num minuto
Noutro nasce de novo
Não há Sol, vigora crepúsculo
As palavras escurecem
Ardidas em musgos.
-por que vive a madrugada fria?-
Chora o dia no teu leito
Punhais de mágoas
Cortantes adagas
O breu reina absoluto
No velino d’alma.
-um poema na margem do choro dita-
A corrente arrasta uma palavra
Salvadora, de luz, quiçá de dia
Uma só que talvez faria abrir a vida
-frágil quimera, crispada e ferida-
Karinna*
Janelas, varandas obscenas das claridades
Abrem-se, e a luz negra beija teu corpo neblina
Não há porém, verso ou palavra, que varre
O sal da tua face- lágrima sozinha.
-quem soprou o Sol para além dos dias?-
Morre a noite num minuto
Noutro nasce de novo
Não há Sol, vigora crepúsculo
As palavras escurecem
Ardidas em musgos.
-por que vive a madrugada fria?-
Chora o dia no teu leito
Punhais de mágoas
Cortantes adagas
O breu reina absoluto
No velino d’alma.
-um poema na margem do choro dita-
A corrente arrasta uma palavra
Salvadora, de luz, quiçá de dia
Uma só que talvez faria abrir a vida
-frágil quimera, crispada e ferida-
Karinna*