Alegria de férias...
Aninhei-me na tristeza
Apaguei todas as luzes
Da idéia e da razão
Do sentimento e emoção!
Fiquei presa em fios
Emaranhados infinitos
Pensamentos esquisitos
Sem começo nem fim
Só o vazio maldito
Tomou conta de mim
Largada, fiz um casulo
Feito de seda do tempo
A tudo indiferente
Inerte, distante, cega!
Surda-muda doente
Só um gemido insistente
Da lágrima inexistente
Foi minha dor e tortura
Naquela noite escura
De o “meu ranger de dentes”
Marilú
(outubro de 1998)