MÃOS QUE INDICAM CAMINHOS
Mãos trêmulas que denunciam tensão
e escondem o choro de uma face de dor.
Mãos que desejam paz para o mundo inteiro
e, mais do que dinheiro, mendigam amor.
Mãos que acenam na despedida,
dissolvendo sonhos, soltando os anéis.
Mas logo a saudade as aproxima,
selando acordos na terra e no céu.
Mãos que embalam sorrisos de criança,
brincadeiras de sombras, mágicos ligeiros.
Mas podem destruir a esperança
quando a raiva impõe seus próprios desejos.
Mãos que falam mais do que palavras
e modelam o futuro tentando entender:
Por que em tantos momentos da vida
é preciso soltar em vez de prender?
Mãos que indicam o caminho
que avança distâncias ou retorna ao “eu”.
Aos poucos, cumpre-se o destino
que a força divina sutilmente escreveu.
Nas palmas das mãos, os desígnios:
felicidade, saúde ou o sofrer.
Em suas linhas, mistérios contidos,
revelados somente a quem as sabe ler.