Arroz com Passas & Atum!

Narcóticos atirados como pontas, vaso na rua,

Vento solar silente, naipe que abala o arcabouço,

Favo vazio, alferes batendo a porta agora,

Passageiro do insólito destino, Alfa Centauro,

Desmontagem da areia, castelos varridos, ah!

Embarque nessa viagem, empírico conhecimento,

Leu de cabo a rabo & nada consegue compreender,

Um banco a espera na praça mais próxima,

Enquanto reluta em voltar a ler & estudar,

Espaço disputado a tapa, faltam bancos, céus...

Não haverá praça suficiente para abrigar todos,

Escandalosa ignorância fomentada anos a fio,

Pegou o trem errado com anúncios vencidos,

Viciados em diplomas de escopo vazio, neuróticos,

Vão reclamar dos impostos nos quintos dos infernos,

Tomou um tiro, roubaram a carteira, rádio,

Gastou o que era para ser a janta com gasolina,

Comprou a prazo no cartão vencido, folgados,

Recusa tantos trabalhos, mas chora cada vez mais,

Reza para tantos santos & dança com os demônios,

Bola de atiradeira, só na vidraça alheia,

Para cada tapa, esconde demais as próprias mãos,

Cultiva o lado errado da serra, que a chuva leva,

Pagão confesso, escárnio no varal, alfinetes,

Chá & pomadas para estancar tantas dores,

Foge do Sol, se esconde da noite, lambuzada,

Desconserto, fumaça subindo, sinfonia curta,

Acústica surda entre Achados & Perdidos,

Venha, tem um universo para ser descoberto,

Passeios repetidos um milhão de vezes,

Sintonia para afinar copas de árvores,

Madeira aplicada, bolsa sem valores nominais,

O pirata nu na Ilha deserta, sortilégios,

Naufrago de tantas hordas, tiros pelos ares,

Sôfrego & noturno, na calada dos iguais...

No Vale dos Reis, escombros sobre suposta mulher,

Tirando mais tesouros do que a terra oferta,

Não lamente ainda, tem muita história a se contar,

Se perdeu alguma coisa, recomece outra vez,

Desde o Big Bang, estamos em movimento...

Peixão89

06.06.2006

Peixão
Enviado por Peixão em 27/07/2006
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