Do que Preciso
Não preciso provar que sou forte
Mas preciso ser forte para provar
Das lágrimas que meu rosto verte
Num pranto fosco sem cessar
Não preciso provar que sou sensível
Minha sensibilidade tem razão de ser
Minha, única, indizível
Fruto de inconcebível sofrer
Escorram pelo meu rosto
Aconteçam como acontecer
Gotas salgadas de amargo gosto
De manhã, de tarde, ao anoitecer