Flores em Marte

Às vezes eu não consigo entender,

O humano e sua humanidade,

No seu modo de viver,

E expandindo sua genialidade...

Ao cobrir de asfalto o chão,

E com sua evolução, a velocidade,

Cores em mutação,

E muitas outras realidades...

O humano e sua humanidade,

Às vezes não consigo entender,

Sobram mentiras, faltam verdades,

Poucos a dar, muitos a receber...

Como um coração de metal e imaturo,

Que espera por uma troca de óleo de amor,

Assim pensei que fosse o futuro,

Homens máquinas e disco voador...

Não estou ficando louco,

Apenas tenho medo do futuro,

Com rios e mares secando aos poucos,

E árvores sem frutos maduros...

Mas o que alicerça minha consciência,

E que a ciência pode tudo transformar,

Até o ser humano na sua demência,

Poderia o mundo melhorar...

E eu que sem ar já não respiro,

Começo notar minha mutação,

E sem que haja qualquer suspiro,

Assumo minha louca transformação...

E na floresta petrificada,

Eis que expondo minha estranha arte,

Hoje sou uma alma entusiasmada,

Querendo plantar flores em Marte...