Poema-síntese
Nem tudo que escrevo me retrata
Nem tudo que escrevo é sentimento meu.
Nas ruínas do coração ficaram marcadas,
Hieróglifos no “Livro dos Mortos”,
Enigmáticas figuras de Nazca,
As lembranças de um tempo que feneceu.
Trago em paz meus pensamentos hoje.
O amanhã não sei onde andará.
Sei da vida volátil:
Álcool no vinho que nos embebeda.
Sei da vida fugaz:
Água que de nossas mãos escapa.