Etéreo flamboyant
Para despertar preciso transcender...
Respirar o ar da manhã
Perceber a leveza dos passos da idosa
A flor que balança no topo do arvoredo
A brisa que me sussurra o segredo
O doce sabor da maçã
Para amanhecer é necessário aventurar...
Receber o novo que devagar se instala
Soluçar com a mãe chorosa
O sol vigilante e envergonhado
A natureza e seu tom quase amargurado
A vida no breve instante da fala
Para espiar na fresta da vida...
Espero o sol se pôr
Ando pra lua chegar
Renovo a minha face
Com o sorriso do teu olhar
Presença no aparelho
Verdade no meu espelho
Silêncio em tom vermelho
Corrida de um fedelho
Subo no flamboyant
Para de longe te avistar
Nesse breve respirar
Lindo e eterno de imaginar-me
ETÉREA
JÚLIA ROCHA 13/01/2010