Palhaço ( A imagem de um sorriso no espelho de uma visão)
Sou um palhaço sincero não trago no bolso um vintém,
que chora quando o riso não vem.
Quando volto a me fantasiar de ser humano,
Sinto-me um espantalho descoberto sem o pano.
Vivo das alegrias e os homens de suas alergias.
Contento com as faces sorrindo, mesmo com o pouco
Ando indo e vindo.
Incremento o sofrimento no sofisma de um riso,
sem apego, piso no rabo da realidade para não acomodar com tal sossego.
Ensino a malandragem de como não se tornar malandro,
Visto de super herói maquiado como um marinheiro coloca seu escafandro.
Sou a imagem de um sorriso no espelho de uma visão,
com gestos e palhaçadas sou empregado, sem nenhum patrão.
"Uma ressalva aos palhaços verdadeiros quase em extinção, não aos verdadeiros palhaços que continuam se proliferando"