Junquilhos*
Como os junquilhos que se reclinam
Nas ribeiras, também nossas memórias
Outrora submersas deitar-se-ão manhãs
E a superfície do amor
Estará transbordante em ti...
Buscarás em todas as flores
Até onde flor tiver
Todas as pétalas
Para nomeares o que sentes
Mesmo assim, ainda em junquilhos
Reclinados em carícias
Não saberás explicar
Que de Amor trata-se o olhar
A flor, o cheiro, a partilha...
Karinna*
*