SER POETA
Ser poeta é ser grande, diminuta mente grande
É nascer á cada dia e viver como quem morre
É ser rei nos sonhos que escorrem
Pelos olhos de um ser de alma errante
É gozar e sentir dor ao mesmo tempo
É perder-se em viver pelo espaço
Transformando esses momentos em instantes mágicos
Num palácio de cristal ou ao relento
É brincando realizar o impossível
É sofrer por não saber aonde ir
Banalizando o que parece inverossímil
Sem limite, sem bandeira e sem porvir
É abrigar o universo no olhar
O mesmo olhar sempre ávido de aprendiz
Que ansiava sempre tons primaveris
E que outrora apaixonado encheu o mar.