QUAL FÊNIX
Ardem meus versos mas não chorarei
Cinzas numa fogueira de chama plena
Joana D'Arc, mártir, sim... não, Helena
Mais mil versos para arder, escreverei
De perto, verei-os sumir qual fumaça
Ao fogo, tudo o que eu havia escrito
O que antes era belo, hoje, esquisito
Provando que tudo nessa vida passa
Ardem meus versos... E já vão tarde
Deixarei-os ir e sem nenhum alarde
Atirarei mais versos nessa alta chama
Acreditando que o melhor dessa vida
É ser qual Fênix, da chama renascida
E fazer versos assim como quem ama...
(Lena Ferreira)
1201-2010