Meu Amável Guri


 

Não podia imaginar que alguém
que eu encontrava toda a semana
me observava há um bom tempo.
Com respeito o cumprimentava
e o mesmo ele fazia.

Certa ocasião abordou-me
com algumas perguntas bem íntimas.
Parecia velho amigo ou parente.
Nessas interrogações fico assustada.

Insistia, prometia, oferecia com toda

seriedade um encontro só para conversar.
Aos meus olhos parecia inocente.
Mas nessa cilada, eu não cairia.

O diálogo foi extenso... Dentro do peito
satisfeita fico porque após tanto tempo
um jovem me desejava com intenção
que prefiro ignorar.
Gildete Vieira Sá
Enviado por Gildete Vieira Sá em 12/01/2010
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