Aspartame!
Calafrios açoitam a noite em brumas
Cinza & orvalho aguçam o ar ríspido
Marejam os olhos em nervos trêmulos
Todo movimento se cala, quase constrange,
Encolhe aqui & ali na busca de calor
Mas nada se ajeita, sobram lamúrias,
Dentes rangendo e o gosto de sangue
Torna a boca mais medonha, trágica,
Nas pontas enregeladas mais dores
Sobressaltos para cada batina do coração
A lágrima é um apelo fortuito
Conta-se os minutos a espera de luz,
De um bafejo quente que reavive,
Que tire o entorpecimento crescente
Aninha-se mais até encontrar papéis
Velhas revistas largadas, esquecidas,
Um novo ânimo, até tocar um caixote,
Da grande caixa, agora sim, cobertura,
Com o canto protegido, mais suave...
Será a noite, até surgir de novo o Sol!
Peixão89