Aspartame!

Calafrios açoitam a noite em brumas

Cinza & orvalho aguçam o ar ríspido

Marejam os olhos em nervos trêmulos

Todo movimento se cala, quase constrange,

Encolhe aqui & ali na busca de calor

Mas nada se ajeita, sobram lamúrias,

Dentes rangendo e o gosto de sangue

Torna a boca mais medonha, trágica,

Nas pontas enregeladas mais dores

Sobressaltos para cada batina do coração

A lágrima é um apelo fortuito

Conta-se os minutos a espera de luz,

De um bafejo quente que reavive,

Que tire o entorpecimento crescente

Aninha-se mais até encontrar papéis

Velhas revistas largadas, esquecidas,

Um novo ânimo, até tocar um caixote,

Da grande caixa, agora sim, cobertura,

Com o canto protegido, mais suave...

Será a noite, até surgir de novo o Sol!

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 26/07/2006
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