Despedida...
Despedida...
Perdi meus rastros...
foram cobertos pelas areias do seu espaço.
Nas áridas paisagens do seu desapego
sofri a inanição dos meus desejos
e a perdição de seus abraços.
Era para ser imenso...
o amor que via em seus afagos.
Porém, nas dunas de seus beijos,
colhi o veneno do desprezo
sendo presa de seus laços.
Se pede amor por inteiro...
devia entregar-se por completo.
Do mar alto da desilusão,
com tristeza me despeço
o coração já aos pedaços.
Entre nós e o horizonte...
fica o silêncio do amor dos pássaros.
Que perdure tão curta a eternidade,
seja eterno o instante desse amor
restado de tão breves traços...
Juleni Andrade & Afonso Estebanez