Papel em branco

Por muitas vezes fico só...

Amigos não estão,

família não se faz presente,

e meu coração quente clama por atenção.

Penso muito e me vejo em meio a solidão.

As paredes parecem uma prisão que encarceram meus sentimentos.

A cama desfeita se torna meu recanto,

e me aceita sem questionar meu pranto...

A casa vazia ecoa o soluço em meio ao silêncio.

Olhos vermelhos...

Rosto molhado...

Dentes serrados!

Onde está o socorro?

De um lado para o outro ando sem saber o que fazer...

Me vem uma luz e tento escrever.

O papel em branco entende meu pranto,

acalma minha alma,

se faz meu presente e conforta meu coração carente...

Amigo presente!