OS CABELOS
OS CABELOS
Como a moldura do rosto,
Vai crescendo a cabeleira.
Bem sedosa que dá gosto,
Desde a raiz por inteira.
Passa a infância e a mocidade,
E a moldura se desmancha.
Pois, do que adianta a vaidade,
Se de branco ela se mancha?
Outros perdem os cabelos,
E a careca se completa.
Sobram em volta poucos pelos,
E de brilho ela é repleta.
Artifícios há de sobra:
As perucas e os implantes.
Nos salões se faz manobra,
Cada vez mais do que antes.
Ou encrespam, ou alisam,
Todo tipo de cabelo.
As mãos e pincéis deslizam,
Mudando a cor com desvelo!